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Retorno das aulas presenciais na rede pública de Pirassununga é tema de reunião na Câmara

Publicado em (27/01/2021 - 13h28)
Encontro foi solicitado pela Apeoesp e teve a presença dos vereadores e do secretário municipal de Educação Imprensa/Câmara Encontro foi solicitado pela Apeoesp e teve a presença dos vereadores e do secretário municipal de Educação

A pedido da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a Câmara de Pirassununga realizou na noite da última segunda-feira (25) uma reunião no plenário da Casa para tratar do retorno das aulas presencias na rede pública de ensino de Pirassununga em meio ao recrudescimento da pandemia da covid-19 no país.   

Participaram da reunião, além da diretora estadual do sindicato, Yara Aparecida Bernardi Antonialli, a presidente da Câmara, Luciana Batista (Luciana do Léssio),  o secretário municipal de Educação, Paulo Rosa, e os vereadores Carlos Luiz de Deus (Carlinhos), César Ramos da Costa (Cesinha), Cícero Justino da Silva, Sandra Valéria Vadalá Muller e Wellington Luis Cintra de Oliveira. 

Convidados, o secretário municipal de Saúde, Alvaro Luiz dos Santos Jardim, e o representante da Vigilância Sanitária não compareceram.  

Além do adiamento das aulas presencias, o sindicato reivindica a vacinação prioritária contra a covid-19 para os profissionais da educação. Se dizendo apreensiva, Yara Antonialli afirmou que tem sido procurada por professores implorando pelo adiamento das aulas presenciais. 

“Há falta de infraestrutura das escolas, ventilação, banheiros, bebedouros e, o principal, recursos humanos para higienização. O nosso município também não está em condições de estabilidade. Tenho acompanhado as publicações e vejo que há um aumento significativo de jovens e crianças [com a doença]. O quadro não nos oportuniza a arriscarmos, ainda mais que o governador, de forma desrespeitosa, não incluiu os trabalhadores de educação no grupo 1 de prioridade”, disse. 

Para a diretora do sindicato, vidas não devem ser expostas a experiências. “A vida é mais importante neste momento do que a transmissão do conhecimento, porque este nós vamos resgatar”, afirmou.

O secretário municipal de Educação, Paulo Rosa, por sua vez, destacou a necessidade de as aulas presenciais serem retomadas de alguma maneira. “Nós precisamos, tomando todos os cuidados, oferecendo toda a estrutura, continuar a educação. Tivemos em 2020 um tempo perdido. O alcance da secretaria de Educação em relação às famílias no ano passado infelizmente deixou muitas delas sem praticamente uma atividade para os seus filhos. Não podemos deixar isso acontecer em 2021 novamente, porque, se tudo funciona, a educação tem que funcionar também”, falou.

Plano -  Segundo Paulo Rosa, o plano da secretaria municipal de Educação neste momento prevê o retorno das aulas presencias no dia 8 de fevereiro apenas para os alunos do 5° ano do ensino fundamental. As demais séries devem retornar no dia 1° de março. 

As turmas do 5° ano serão divididas em três grupos que frequentarão a escola uma vez por semana, podendo ser às segundas, quartas ou sextas-feiras. Nas terças e quintas, os prédios serão higienizados.

“Durante o mês de fevereiro, juntamente com a secretaria de Saúde, avaliaremos se teremos casos de covid e como foi o comportamento dentro da unidade, para tomarmos a decisão do retorno em março. Mas, independentemente disso, a partir do dia 1° de fevereiro, todos os alunos da rede municipal terão as atividades a distância”, garantiu.

Vereadores - Para os vereadores Carlos Luiz de Deus (Carlinhos) e Cícero Justino da Silva, as aulas presencias devem ser adiadas. “Acho que que quem vai perder voltando agora, sem um plano adequado, é o município. Creio  que poderíamos aguardar esse mês de fevereiro e já traçar [um plano] para começar em março”, afirmou Carlinhos. 

“Não é o momento agora. De repente eu prefiro que meu filho perca dois anos do que ele ser contaminado ou contaminar alguém e perder a vida inteira. O conhecimento se constrói e a vida? Não tem como voltar atrás”, acrescentou Cícero. 

Já o vereador Wellington Luis Cintra de Oliveira apoiou o plano da secretaria de Educação. “Temos que tentar e pode ter certeza que muitos pais vão agradecer porque imagine quantos deles não estão preocupados vendo seus filhos fingindo que estão fazendo a lição, fingindo que estão aprendendo, sendo que na verdade não estão.”

O vereador César Ramos da Costa (Cesinha) achou interessante a experiência que será implantada neste momento. “A  gente espera que seja um sucesso, mas sem deixar de levar em conta que nós estamos lidando com vidas”, falou. 

A vereadora Sandra Valéria Vadalá Muller disse esperar que a prefeitura tenha todo o cuidado com os professores e alunos. “Eu entendo a preocupação da Yara com os professores e entendo também a agonia de um secretário da Educação que tem o dever de dar o melhor para as nossas crianças e adolescentes”, afirmou.

Autoria: Imprensa/Câmara