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Reunião discute medidas de segurança na região da avenida Newton Prado

Publicado em (27/10/2017 - 16h42)
Diversas autoridades compareceram á reunião realizada na noite de ontem (26) Imprensa/Câmara Diversas autoridades compareceram á reunião realizada na noite de ontem (26)

A Câmara Municipal de Pirassununga realizou, na noite desta quinta-feira (26), no Plenário Dr. Fernando Costa, reunião com diversas autoridades do município para discutir medidas de segurança nas avenidas Newton Prado e Felipe Boller Júnior.

Solicitado pelos vereadores Edson Sidinei Vick (Pros), Luciana Batista (Pros) e Paulo Rosa (PSD), o encontro teve como pano de fundo o episódio envolvendo a morte de um jovem na região, em setembro deste ano, após ser agredido por um grupo de adolescentes.

Compuseram a mesa da reunião, presidida pelo vereador e presidente da Câmara, Leonardo Francisco Sampaio de Souza Filho (PSDB), a secretária municipal de Direitos Humanos, Maria Priscila Sampaio de Souza, que representou o prefeito Ademir Lindo, a delegada titular da delegacia da mulher do município, Tatiane Cristina Parizotto, o delegado de polícia, Mauricio Miranda de Queiróz, o secretário municipal de segurança pública, Paulo Tannus, e a subtenente PM Rose Elaine Canhadas, que representou o capitão da Polícia Militar, Neymar Pereira dos Santos.

Segundo o vereador Paulo Rosa, um dos idealizadores do encontro, “está na hora de o poder público tomar frente disso para que a gente possa envolver cada vez mais a sociedade nesse assunto”. “Em Pirassununga, eu vejo algumas ações voltadas, por exemplo, para os idosos, porém a gente não escuta nada sobre a questão da juventude. Isso já faz um tempo e é culpa de todos nós, poder público, Poder Executivo, que é quem tem o poder de realizar as ações voltadas diretamente para esse público”, disse.

O secretário Paulo Tannus mencionou algumas ações que já foram tomadas no passado na região da avenida Newton Prado, como, por exemplo, a instalação de placas “É proibido estacionar” na área que compreende a Vila Militar. “Aquilo já começou a dar um resultado grande, diminuindo a baderna que existia naquele pedaço. Porém, começou a haver algumas reclamações e o Executivo voltou atrás”, disse Tannus. A vereadora Luciana rebateu: “A questão da placa é importante, mas é secundária. Até porque esse público não tem carro. Placa não vai conter a violência.”

De acordo com a secretaria Maria Priscila, os problemas envolvendo os jovens na atualidade decorrem em grande medida do fato de muitas famílias terem “terceirizado” a educação dos filhos, em especial no que se refere à questão da transferência de valores. “Foi dito aqui que muitas vezes os pais não sabem o que fazer com os jovens e por isso os liberam. A gente tem que pensar que muitas vezes são os adolescentes que não sabem o que fazer com seus pais e, por isso, eles [os adolescentes] vão, porque essas brigas estão dentro de casa”, explicou.

Segundo a secretária, pouco mais de 800 adolescentes e jovens são atendidos hoje pelas políticas públicas do município através de projetos do contraturno escolar e da secretaria de Esportes. “Mas [isso] é nada, é muito pouco diante dos problemas que vêm se apresentando e diante dos jovens que temos que alcançar nesse sentido”, reconheceu ela, adiantando que a administração atual está estudando a viabilização de um espaço para que os adolescentes possam desenvolver algumas atividades.

O delegado Maurício, por sua vez, sugeriu a realização de encontros periódicos entre as diversas autoridades do município com o intuito de extrair ações para contornar os problemas relacionados à juventude. “Esse problema de jovem na rua com bebida e droga é, infelizmente, um mal mundial e não tem uma fórmula mágica para resolver. Sugiro que sejam programadas reuniões de trabalho ao longo do dia, durante a semana, com as forças que podem ter qualquer tipo de atuação e dali tirar ações”, falou o delegado.

A sugestão foi bem recebida pelos presentes. Segundo o presidente da Casa, vereador Leo, “a ideia é que a gente possa estar se organizando entre as autoridades e vendo a possibilidade de fazer reuniões paralelas às que a gente tem feito aqui, no sentido de que ações possam ser colocadas em prática”.

Na plateia, a servidora pública Deise Lozano chamou atenção para a necessidade de haver empenho de todos em resolver a questão. “Tudo que foi dito aqui hoje é muito válido, mas se não houver um empenho maior não dos que estão aqui, que já estão comprometidos, mas daqueles que deveriam estar, porque eu tenho visto nos últimos tempos, principalmente depois do que aconteceu com o menino Guilherme, muita gente levantando a bandeira dizendo que luta pela juventude e que me decepcionou porque eu tinha certeza que estaria aqui hoje”, disse a servidora.

Autoria: Imprensa/Câmara