O vereador Carlos Luiz de Deus (MDB), o Carlinhos, usou a tribuna nesta semana para se manifestar sobre a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada horas antes durante sessão ordinária. A CEI foi aberta com o objetivo de apurar possíveis irregularidades envolvendo um golpe de R$ 2,181 milhões sofrido pela prefeitura de Pirassununga.
Carlinhos, que também é o relator da CEI, afirmou que o pedido de abertura da comissão não tem o intuito de acusar ninguém, mas sim de cumprir seu papel de fiscalizar. “Eu não acusei ninguém, estou apenas exercendo o meu papel. Não tenho cargo na prefeitura, nunca pedi nada para o prefeito, tudo o que pedi foi para a população”, disse.
Sobre o golpe, o vereador fez críticas à nota divulgada pela prefeitura. De acordo com a comunicação oficial, a resposta à situação teria sido ágil. Carlinhos rebateu essa afirmação. Para ele, a divulgação do caso só ocorreu devido ao trabalho da imprensa. “Se o jornal não divulgasse, nenhum vereador saberia o que aconteceu. O fato foi escondido de nós”, afirmou.
Sobre a CEI, o vereador afirmou que, caso necessário, poderá solicitar o apoio de órgãos como o Gaeco e até a Polícia Federal. “Vou fazer o que a lei manda. Se, no final, não encontrarmos nada, fizemos nossa parte, fiscalizamos. Mas, se houver algo de errado, vamos encaminhar para os órgãos competentes”, garantiu.
Carlinhos abordou também a questão do mau uso do dinheiro público. Como exemplo, mencionou os pneus carecas de um trator e de um carro da Guarda Municipal. “Se um guarda precisa ir a uma ocorrência e o carro não está em condições adequadas, a responsabilidade é dele, pois ele pegou o veículo”, comentou o edil, que também criticou a situação de uma van que transporta pacientes, que estava circulando com o vidro dianteiro quebrado. “Eu lamento muito o que está acontecendo em Pirassununga. A gente não vê a cidade prosperando”, declarou.
Autoria: Imprensa/Câmara