Após ter sido a única vereadora da Casa a votar contra o projeto de decreto legislativo que concedeu o título de cidadão pirassununguense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a vereadora Mirelle Bueno (PDT) retomou o assunto na semana passada.
Em discurso na tribuna, a vereadora lamentou uma publicação nas redes sociais do presidente da Câmara e autor do decreto legislativo, Vitor Naressi, que gerou uma série de comentários ofensivos contra ela.
“O nosso presidente, que censurou o chat da Câmara alegando que estava cuidando dos vereadores para que não houvesse ofensas, fez da sua rede social um palco de crimes de LGBTfobia e intolerância religiosa”, disse Mirelle. “E, quando a gente vê um pré-candidato ao Executivo dando palco a esse tipo de atitude, a gente não pode se calar”, completou.
As ofensas, segundo a vereadora, não a impedirão de continuar seu trabalho em prol da cidade. “Vou continuar na tribuna, uma mulher, mãe de santo, casada com outra mulher, sim, e tenho muito orgulho da minha família. Nunca vou me esconder, ao contrário de alguns que se escondem para conseguir voto”, finalizou.
Respeito – Quatro vereadores da Casa se solidarizaram com ela. Luciana Batista classificou o episódio de “lamentável”. “Cada um tem sua ideologia política, mas nós não podemos perder o respeito”, afirmou. Carlos Luiz de Deus enfatizou que “Deus é um só” e, para Wellington Cintra, “o respeito tem que prevalecer”. Já Sandra Vadalá disse ter “muita admiração” por Mirelle.
Autoria: Imprensa/Câmara