Mirelle explica por que votou contra decreto que dá título honorífico a ex-presidente Bolsonaro

Imprensa/Câmara "Sou tudo aquilo que ele não representa", disse a vereadora, durante sessão ordinária

Falando em “tristeza” e “indignação” pela aprovação na semana passada do decreto legislativo que concedeu o título de cidadão pirassununguense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a vereadora Mirelle Bueno (PDT) explicou na tribuna o motivo de ter sido a única vereadora da Casa a votar contra o projeto.

“Sou tudo aquilo que ele não representa”, ela disse. “Sou uma mulher casada com outra mulher, sou mãe de santo, e uma das primeiras iniciativas dele [Bolsonaro] na presidência foi desfazer uma resolução que permitia o registro de crianças por casais homoafetivos. Tive que entrar na Justiça para poder registrar o meu filho, o que só aconteceria três meses após seu nascimento.”

E prosseguiu: “Com todo respeito ao presidente desta Casa [vereador Vitor Naressi, autor do decreto], esse cidadão [Bolsonaro], que tem pensamentos escusos e preconceituosos, não representa o cidadão pirassununguense”, afirmou a vereadora, acrescentando que tudo que envolva o ex-presidente não terá seu apoio na Câmara.

Já em indicações ao Executivo, Mirelle cobrou uma fiscalização mais intensa em duas regiões da cidade. Enquanto, segundo ela, a presença de cavalos soltos nas ruas da Vila Guilhermina aumenta o risco de acidentes, no Jardim Marília o que preocupa são os focos de incêndio em terrenos.

“E alguns desses incêndios se iniciam com os próprios moradores, que realizam a limpeza dos terrenos ateando fogo e gerando todo esse dano ao local”, registrou a vereadora, que ainda apresentou um requerimento de congratulações ao Projeto Patinhas.

Autoria: Imprensa/Câmara